A alta para casa: saiba o que esperar no processo pós-alta em uma clínica de transição de cuidados
O momento da alta costuma gerar, ao paciente, sentimentos ambíguos. Por um lado, significa a oportunidade de recomeço ao retornar para casa, um lugar associado a sentimentos de amor e esperança. Já por outro, a insegurança perante a ausência do ambiente controlado com cuidados assistenciais, a reorganização dentro da necessidade e até o ressignificado da vida, do propósito e da adaptação social.
Entender como esse processo acontece e o que esperar após o período de internação e regresso ao lar é tema do artigo de hoje da YUNA, que conta com a participação de Gracy Kelly da Silva Oliveira, psicóloga da instituição. Acompanhe!
O cuidado
O processo de melhora do paciente envolve diversas etapas. Dentre elas, estão:
- Estar em um ambiente repleto de memórias afetivas;
- Estímulos sociais que favoreçam os aspectos emocionais e cognitivos frente a recuperação e reajustamento de vida;
- Organização e recursos de enfrentamento através das memórias de identificação.
Para Gracy Kelly da Silva Oliveira, psicóloga da YUNA, ter uma figura de importância emocional na rotina, possibilita uma recuperação com ganhos, não só nos aspectos clínicos, como nas necessidades integrais. “A presença da família e amigos é primordial para aumentar a sensação de acolhimento, protagonismo e senso de pertencimento durante esse momento, trazendo qualidade de vida e bem-estar durante a rotina diária de readaptação”, explica.
O plano de alta
Para garantir o completo restabelecimento, é fundamental seguir à risca as recomendações do plano de alta. O documento é elaborado por uma equipe multidisciplinar que avalia as necessidades específicas de cada paciente e traça um plano de cuidados personalizado.
Além disso, é importante adotar medidas para promover a saúde física, mental e espiritual. A atividade física, por exemplo, pode ajudar a manter o corpo saudável e a reduzir os níveis de estresse e ansiedade. Uma simples caminhada diária pode fazer toda a diferença.
Retomar contatos com amigos e familiares, hobbies e atividades que estimulem a aspectos positivos da mente, também são medidas relevantes para manter o equilíbrio emocional.
O que é comum que o paciente vivencie nessa fase?
- Ansiedade
- Medo
- Angústia
- Irritabilidade
- Insegurança
- Despertencimento
- Invalidação das emoções
- Frustrações
- Oscilação de humor
- Perda de identidade
O que favorece os cuidados pós-alta?
- Manter uma rotina que valorize o autocuidado
- Qualidade de sono
- Boa alimentação
- Um hobby como recurso de enfrentamento
- Sociabilização através de vínculos afetivos
- Validação e acolhimento das demandas emocionais
- Protagonismo frente a reorganização de vida
- Rede de apoio
De acordo com Oliveira, trabalhar as inseguranças e fragilidades do paciente em um cenário de reinserção a vida é fundamental. “A troca efetiva, entretanto, e o suporte dos vínculos potencializa o ser humano, o auxilia a se reinventar e, isso favorece o processo de autoestima, de construção de um desenvolvimento para além de qualquer diagnóstico”, conclui a especialista.
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