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07 / abr / 2025

Além do Tremor: Conheça os Desafios Ocultos da Doença de Parkinson

Quando o assunto é Doença de Parkinson, é comum pensarmos nos tremores característicos. No entanto, essa condição neurológica é muito mais complexa e abrangente do que se imagina. Ela se estende para além dos movimentos, afetando a cognição, o sono, o humor e, consequentemente, a qualidade de vida de quem convive com ela e de seus familiares.

É como se a Doença de Parkinson fosse uma jornada que exige um olhar cuidadoso e completo, que vai além do que se vê na superfície. Por isso, é importante dar atenção não só às dificuldades motoras, mas também a outros aspectos da condição que, embora menos visíveis, têm um impacto significativo no bem-estar geral.

Fatores de Risco

Embora a causa exata da Doença de Parkinson ainda não seja totalmente compreendida, alguns fatores de risco têm sido associados ao seu desenvolvimento. A idade é um dos principais, com a maioria dos casos surgindo após os 60 anos. Fatores genéticos também podem desempenhar um papel, embora a maioria dos casos não seja hereditária. Além disso, a exposição a certos pesticidas e herbicidas, bem como histórico de traumatismo cranioencefálico, têm sido relacionados a um risco maior de desenvolver a doença. É importante ressaltar que a presença de um ou mais desses fatores não garante o desenvolvimento da condição, mas indica uma maior suscetibilidade.

A Doença de Parkinson no Brasil e no Mundo

De acordo com dados recentes divulgados pelo Governo do Distrito Federal, em 2024, no Brasil, estima-se que cerca de 1% da população acima de 65 anos conviva com a Doença de Parkinson. Essa porcentagem demonstra a importância de estarmos atentos aos sinais e sintomas, especialmente em pessoas com idade mais avançada. A nível mundial, o Parkinson afeta milhões de pessoas, sendo considerada a segunda doença neurodegenerativa mais comum, atrás apenas do Doença de Alzheimer. A conscientização sobre ela e o acesso a um diagnóstico e tratamento adequados são fundamentais para os pacientes.

Sintomas e Tratamento

Os sintomas clássicos da Doença de Parkinson incluem tremores, rigidez muscular, lentidão dos movimentos (bradicinesia) e instabilidade postural. No entanto, a condição pode se manifestar de diversas formas, com sintomas não motores como depressão, ansiedade, distúrbios do sono, alterações no olfato e constipação.

O tratamento é multidisciplinar e visa aliviar os sintomas. As opções incluem medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e, em alguns casos, cirurgia. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada, levando em consideração os sintomas, a idade, o estado geral de saúde e as preferências do paciente. Aqui também pode entrar a transição de cuidados.

Estimulação Cerebral Profunda (ECP)

Para alguns pacientes com a Doença de Parkinson que não respondem adequadamente aos medicamentos, a Estimulação Cerebral Profunda (ECP) pode ser uma opção viável. Trata-se de um procedimento cirúrgico que envolve a implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro, com o objetivo de modular a atividade neuronal e aliviar os sintomas motores. A ECP pode reduzir significativamente os tremores, a rigidez e a lentidão dos movimentos, permitindo que o paciente retome o controle sobre o próprio corpo e recupere a independência. É importante ressaltar que a ECP não é indicada para todos os pacientes com a doença e a decisão de realizar o procedimento deve ser tomada em conjunto com uma equipe médica especializada, após uma avaliação criteriosa.

Um Futuro com Mais Qualidade de Vida

A jornada contra a Doença Parkinson é, sem dúvida, repleta de desafios. No entanto, com os avanços nos tratamentos, como a Estimulação Cerebral Profunda, como vimos acima, e a crescente importância dada à reabilitação e ao cuidado integral, há motivos de sobra para encarar o futuro com otimismo. Tudo gira em torno de uma abordagem que não se limita ao tratamento medicamentoso, mas que abraça a reabilitação e o suporte multidisciplinar como ferramentas que atuem para melhorar a vida dos pacientes.

Portanto, passo a passo, caminhamos em direção a um futuro no qual a Doença de Parkinson possa ser não apenas gerenciada, mas que permita aos indivíduos viverem com dignidade e autonomia.

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