Biografia e a importância do legado
Relembre a trajetória de um dos maiores carnavalescos do Brasil, Joãozinho Trinta
Deixar um legado, uma biografia rica em conhecimento e valores, é importante para melhorar os laços familiares e formar bons cidadãos. Seu legado pode ser qualquer coisa que tenha a capacidade de deixar um impacto positivo emocional em sua família e para a sociedade.
Dentro desse contexto e, com o Carnaval, é inevitável falar sobre João Clemente Jorge Trinta, mais conhecido como Joãozinho Trinta, um dos mais famosos carnavalescos do Brasil.
Nascido no Maranhão, ele foi um famoso carnavalesco responsável por liderar escolas de samba e criar enredos animados e aclamados que levaram à vitória em oito ocasiões. Sua obra era permeada pelo luxo, o que o levou a proferir a memorável frase: “O povo gosta de luxo. Quem gosta de miséria é intelectual”.
Joãozinho Trinta iniciou sua carreira na Salgueiro, em 1961, como segurança. Somente em 1973, ele assumiu o cargo de carnavalesco e produziu seu primeiro enredo, “Eneida: Amor e Fantasia”, com a colaboração da artista plástica Maria Augusta.
Seus dois enredos seguintes, “O rei da França na ilha da assombração” e “O segredo das minas do rei Salomão” garantiram ao Salgueiro o título de campeão por dois anos consecutivos.
Após discordâncias com a direção do Salgueiro, Joãozinho foi para a escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, onde criou enredos que resultaram em vitórias em 1976, 1977, 1978, 1980 e 1983, além de ser vice-campeão em 1979, 1981, 1985, 1986 e 1989. Ele também trabalhou na Império da Tijuca e na Acadêmicos da Rocinha, nas quais obteve sucesso.
Entre os enredos mais controversos de sua carreira destacam-se “Sonhar com rei dá leão” (1976), que aborda o jogo do bicho, e “Ratos e urubus, larguem a minha fantasia” (1989), no qual o carnavalesco trouxe para o desfile uma imagem do Cristo Redentor caracterizado como morador de rua, que foi censurada e acabou sendo encoberta.
Depois de sofrer dois acidentes vasculares cerebrais (AVCs) em 2006, Joãozinho Trinta foi para Brasília em busca de tratamento e, no ano seguinte, foi o padrinho do Carnaval do Distrito Federal. Ele faleceu em 17 de dezembro de 2011, em São Luís.
Sua história de vida foi retratada em diversas produções audiovisuais, incluindo o documentário “A Raça Síntese de Joãozinho Trinta”, de Paulo Machline e Giuliano Cedroni, e o filme “Trinta”, também dirigido por Machline.
Matheus Nachtergaele interpretou Joãozinho Trinta nas telas, e sua performance foi elogiada pela crítica. O longa-metragem “Trinta” aborda o período de sua vida entre os anos 1960 e 1974, desde sua mudança do Maranhão para a capital carioca.
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