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14 / out / 2024

Interação eletrônica sem o uso das mãos transforma vidas de pessoas com mobilidade reduzida

Guiada por especialistas em reabilitação, tecnologia traz maior autonomia para pessoas com tetraplegia, distrofias musculares, lesões cerebrais e outras condições que comprometem os membros superiores

O avanço da tecnologia assistiva tem possibilitado que pessoas com mobilidade reduzida conquistem maior autonomia e qualidade de vida. Entre esses avanços está o dispositivo Colibri, projetado para que usuários com tetraplegia, distrofias musculares, lesões cerebrais e outras condições que afetam os membros superiores possam operar equipamentos eletrônicos usando apenas os movimentos da cabeça.

Na transição de cuidados, essa ferramenta atua como um elo entre a reabilitação do indivíduo e a reintegração dele na sociedade, segundo Mayara Coutinho Zambonini, Terapeuta Ocupacional da YUNA. E será sobre o uso dessa tecnologia que o conteúdo YUNA irá tratar hoje. 


Como funciona o Colibri?

O Colibri funciona como um mouse controlado pelos movimentos da cabeça, possibilitando que os usuários naveguem na internet, escrevam e-mails, acessem redes sociais e até mesmo realizem tarefas ocupacionais complexas, como participar de cursos online e se capacitar profissionalmente. Para pessoas que enfrentam desafios na mobilidade dos membros superiores, essa tecnologia significa muito mais que uma conveniência: ela representa uma mudança radical na forma como elas interagem com o mundo.

Segundo Mayara Coutinho Zambonini, Terapeuta Ocupacional (TO) da YUNA, o Colibri desempenha um papel muito importante na transição de cuidados. “O uso da ferramenta Colibri possibilita algo incrível, o retorno em atividades instrumentais de vida diária, de lazer e até mesmo ocupacionais” 

 

Tecnologia Assistiva que Facilita a Reintegração Social

A reabilitação vai muito além de apenas restabelecer a mobilidade funcional de uma pessoa; trata-se de devolver-lhe o direito de participação ativa na sociedade. E dispositivos como o Colibri são uma ponte entre o processo de reabilitação e o retorno às atividades. A partir do momento em que uma pessoa com tetraplegia, por exemplo, consegue acessar redes sociais sem precisar de ajuda, ela restabelece laços familiares e sociais que antes eram difíceis de manter.

Além de restaurar a independência no mundo digital, o Colibri desempenha um papel essencial na reintegração social. “Essa tecnologia permite que o indivíduo acesse cursos online, capacitações, treinamentos e, com ele, muitos encontram uma nova forma de expressão, voltando a estudar e até trabalhar”, explica a especialista.


O Papel dos Terapeutas Ocupacionais na Adaptação

Apesar do potencial transformador do Colibri, seu uso eficiente depende de uma adaptação cuidadosa e personalizada, por especialistas em reabilitação, como os terapeutas ocupacionais (TO). Na YUNA, esses profissionais são responsáveis por avaliar as capacidades motoras e cognitivas de cada pessoa, ajustando o equipamento de acordo com suas necessidades.

“Ver nossos pacientes retomarem sua independência é algo que inspira todos nós”, afirma a TO da YUNA. O Colibri não apenas devolve autonomia aos seus usuários, mas oferece oportunidades para uma vida mais ativa e significativa.


Exemplos Práticos do Uso do Colibri

O impacto do Colibri na vida de seus usuários pode ser sentido em diferentes aspectos do cotidiano, desde a possibilidade de realizar atividades simples até as mais complexas.  Alguns exemplos incluem:

  • Socialização: reconexão com amigos e familiares através das redes sociais, algo que antes era quase impossível sem assistência.
  • Produtividade: pacientes que antes dependiam de cuidadores para usar o computador agora podem realizar suas atividades de trabalho ou estudo de forma independente.
  • Autonomia: para algumas pessoas, o simples fato de conseguir escrever um e-mail ou fazer uma pesquisa na internet sem ajuda já representa um ganho enorme de liberdade.


Como a YUNA usa o colibri para promover autonomia aos seus pacientes?

A YUNA utiliza o Colibri como uma ferramenta essencial para promover a autonomia de seus pacientes. Segundo Zambonini, o dispositivo é fundamental para minimizar as barreiras impostas pelas deficiências físicas, ampliando as possibilidades de participação.

Os TOs da YUNA desempenham um papel essencial nesse processo. Afinal, capacitam os pacientes e cuidadores para o uso eficiente do dispositivo, promovendo a independência em atividades diárias, educacionais e ocupacionais. 

A YUNA, ao integrar o Colibri em seus programas de reabilitação, reafirma seu compromisso com a tecnologia e a busca por soluções que melhorem a qualidade de vida de seus pacientes. Cada vida tocada por essa iniciativa é um passo em direção a um mundo mais inclusivo e acessível.

E com isso, Mayara conclui: “O Colibri não é apenas uma ferramenta tecnológica, é um facilitador da reintegração social, devolvendo aos indivíduos o controle de suas vidas.”