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06 / jun / 2024

Pós-dengue: como clínicas de transição de cuidados podem ajudar a lidar com as sequelas?

Da reabilitação física à adequação das novas condições de vida, o processo auxilia a lidar, a superar.

 

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, prevalente em regiões tropicais e subtropicais. Os sintomas podem variar de febres leves a formas graves, incluindo a dengue grave. Embora muitas pessoas se recuperem completamente, em casos mais complexos, algumas enfrentam sequelas significativas a longo prazo, como problemas hepáticos, cardíacos, dores articulares e musculares persistentes, problemas de memória e concentração até encefalite, que é uma inflamação severa no cérebro, que pode afetar habilidades motoras e a fala.

Todas essas questões podem dificultar o retorno dos pacientes às suas atividades normais. É aqui que a transição de cuidados desempenha um papel importante. Entender de maneira isso ocorre e como auxilia no processo de recuperação é tema do conteúdo de hoje da YUNA. Confira!

Sintomas

Os sintomas típicos da dengue incluem febre alta, dores musculares e articulares intensas, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas e náuseas. O diagnóstico é geralmente feito por meio de exames de sangue que detectam a presença do vírus ou anticorpos.

Segundo Dr. Gabriel Fialkovitz da Costa Leite, infectologista da YUNA, a identificação precoce é determinante para o manejo adequado da doença, evitando estágios mais graves. “A dengue clássica, embora debilitante, raramente é fatal. A grave, por sua vez, pode causar sangramentos, queda de pressão arterial e, em casos extremos, choque e morte. O tratamento consiste, principalmente, no alívio dos sintomas, mantendo hidratação e monitorando a condição do paciente”, explica.

Principais sintomas:

  • Eritema (mancha vermelha parecidas com alergia)
  • Dor no corpo
  • Mialgia (dor muscular)
  • Fadiga Dor de cabeça
  • Dor no fundo dos olhos
  • Febre (maior que 38,5ºC)
  • Perda de apetite
  • Dor abdominal

Sintomas na forma mais grave da doença:

  • Dor abdominal intensa
  • Vômito persistente
  • Respiração acelerada
  • Sangramento de mucosa ou outra hemorragia
  • Fadiga
  • Agitação ou confusão mental

Sequelas da Dengue

A recuperação da dengue ocorre em grande parte dos casos. Entretanto, os que chegam aos níveis mais complexos, podem trazer sequelas a longo prazo. A questão é muito variável, segundo o infectologista da YUNA. Isso porque há pessoas que podem enfrentar problemas permanentes e outros sintomas que costumam melhorar ao longo do tempo. “Tudo dependerá do tipo de dengue adquirida, assim como as áreas do corpo mais afetadas, a gravidade, além, é claro, da condição de saúde do paciente e a sua resposta imunológica”, diz.

Vale destacar que a probabilidade de obter a forma grave da dengue, assim como obter sequelas duradouras, é mais incidente em grupos de risco (Pessoas com comorbidades, crianças menores de 2 anos, idosos, grávidas e mulheres que tiveram bebê recentemente)

“Dores articulares, conhecidas como artralgia, são comuns após a recuperação da dengue. Essas dores podem ser debilitantes, interferindo nas atividades diárias e no trabalho. Problemas neurológicos, embora raros, também podem ocorrer, incluindo encefalite (inflamação do cérebro) e mielite (inflamação da medula espinhal), que podem causar sintomas duradouros, como perda de habilidades motoras e da fala”, destaca o especialista.

Viver com as Sequelas da Dengue

Viver com as sequelas pode ser um tanto desafiador. Porém, pacientes frequentemente relatam dificuldades em retornar às suas rotinas normais devido à fadiga e às dores persistentes.

De acordo com Dr. Gabriel, estratégias de gerenciamento incluem fisioterapia para melhorar a mobilidade e a força dentro de uma instituição de transição de cuidados. Afinal, o seu papel é apoiar pacientes na reabilitação de doenças, cuidados pós-cirúrgicos, lesão ou acidentes, que precisam de cuidados antes do retorno ao lar.

“É um período pós-alta hospitalar, no qual o paciente recebe o cuidado dentro de um ambiente especializado. Também ajuda a recuperar funcionalidades e/ ou reduzir a complexidade do quadro, além de oferecer terapias ocupacionais para ajudar na adaptação das atividades diárias e, em casos de sequelas na fala, a fonoaudiologia ganha um papel importante no cenário”, diz.

O apoio psicológico é igualmente relevante, pois a experiência da doença e suas sequelas podem levar a estresse, ansiedade e depressão.

As sequelas da dengue são para sempre?

A resposta é: depende. A duração depende de inúmeras questões, sendo, entre elas, o tipo de dengue adquirido, partes do corpo atingidas, gravidade da complicação, saúde do paciente, assim como a resposta do seu organismo.

“O desenvolvimento do quadro mais grave está mais propenso de ocorrer em idosos e crianças menores de 2 anos. Tal fato pode também gerar complicações pós doença, assim como sequelas de médio e longo prazo”, explica Dr. Gabriel.

De acordo com o especialista, a boa notícia é que o cuidado dentro de uma instituição de transição pode amenizar e, muito, os sintomas.

A prevenção ainda é a melhor estratégia

Certamente, a prevenção continua sendo a melhor estratégia contra a dengue. Medidas como eliminar focos de água parada, usar repelentes e instalar telas em janelas são essenciais para reduzir a proliferação do mosquito Aedes aegypti.

Vacinas contra a dengue estão disponíveis em algumas regiões e podem oferecer proteção parcial contra o vírus. No entanto, a vacinação deve ser combinada com outras medidas preventivas para ser eficaz. “Dessa forma, entender as possíveis sequelas da dengue e tomar ações preventivas pode ajudar a minimizar os riscos e proteger a saúde”, conclui o especialista.

Sobre a YUNA

A YUNA, especializada em transição de cuidados, oferece suporte completo para pacientes de reabilitação, cuidados paliativos e continuados, atendimento individualizado e assistência transdisciplinar. Mais informações no telefone (11) 3087-3800 ou no site  https://yuna.com.br